Ao ver um papel em branco, sinto a necessidade de preencher suas linhas com palavras.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Corpo - Autor: Carlucio Bicudo - registro 96125 - livro 4 B
"Corpo"
Corpo inerte,
Sem vida,
Sem alma.
Corpo desnudo
Diante pensamentos
Sombrios, insólitos
Frios e arrogantes.
Corpo desfalecido
Lápides
Translápides
Invólucro
No sepulcro.
Autor: Carlucio O. Bicudo - registro 96125 - livro 4 B.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Imaginação - Autor: Carlucio O. Bicudo - registro 449159 - livro 4 B
"Imaginação"
Sua beleza me confunde
Me deixa perplexo, atônito.
Ando nas areias escaldantes
A procurar por você.
Vejo na rosa, teu esplendor.
Sinto o teu perfume na brisa
Que vem de encontro ao meu rosto.
Procuro apagar com as mãos
O teu corpo imaginário, feito na areia
Asfixiado pelo sol.
Autor: Carlucio O. Bicudo - registro 449159 - livro 4 B
Sede - Autor: Carlucio O. Bicudo - registro 62382 - livro 4B
"Sede"
Tenho sede...
De amor
De tragédia
De solidão.
Tenho sede...
De descobrir o oculto,
Da suprema Lei da Vida.
Tenho sede...
Do instante do desequilíbrio
No momento da morte.
Tenho sede...
Da tensão emocional
Do colapso.
Tenho sede...
De dias insanos
No qual a baioneta
Me faz calar a voz.
Autor: Carlucio O. Bicudo - registro 62382 - livro 4 B
Medo - Autor: Carlucio O. Bicudo - registro 77425 - livro 4 B
"Medo"
De repente...
No meio da noite,
Tive medo.
Medo de tudo:
Medo de pensar,
Medo de olhar,
Medo de falar,
Medo de amar,
Medo de confundir
Carinho com desejo.
Medo até de semear
Verdade para a humanidade.
Medo da dor,
Medo de me embriagar
Medo até da razão.
Inclusive da forma
De como pensar em Deus.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Andarilhos - Autor: Carlucio Bicudo - registro 62535 - livro 2A
"Andarilho"
Tenho triste, os meus olhos.
Que sombrios, se refugiam
Entre as armadilhas do amor.
Tenho triste, o caminho...
Que ao longo, percorro cabisbaixo.
Com os pés empoeirados,
Marcados pelo tempo.
Vivendo como andarilho.
Andarilho, pierrô...
Que com o rosto molhado
De lágrimas coloridas,
Vem regar o canteiro da minha dor.
Autor: Carlucio Bicudo - registro 62535 - livro 2A
Tenho triste, os meus olhos.
Que sombrios, se refugiam
Entre as armadilhas do amor.
Tenho triste, o caminho...
Que ao longo, percorro cabisbaixo.
Com os pés empoeirados,
Marcados pelo tempo.
Vivendo como andarilho.
Andarilho, pierrô...
Que com o rosto molhado
De lágrimas coloridas,
Vem regar o canteiro da minha dor.
Autor: Carlucio Bicudo - registro 62535 - livro 2A
Angústia - Autor: Carlucio Bicudo - registro 337246 - livro 2A
"Angústia"
Vou proibir-me:
De pensar,
De ouvir,
De falar.
Vou carregar segredo,
Como penitência.
Vivo conjecturando
Dias vazios.
De repente...
Surge a angústia, febril.
Aqui, sozinho...
Entre quatro paredes.
Vivo...olhando o teto
Intimamente
A descortinar os meus olhos.
Autor: Carlucio Bicudo - registro - 337246 - livro 2A
Vou proibir-me:
De pensar,
De ouvir,
De falar.
Vou carregar segredo,
Como penitência.
Vivo conjecturando
Dias vazios.
De repente...
Surge a angústia, febril.
Aqui, sozinho...
Entre quatro paredes.
Vivo...olhando o teto
Intimamente
A descortinar os meus olhos.
Autor: Carlucio Bicudo - registro - 337246 - livro 2A
Sinos de Santa Maria - Autor: Carlucio Bicudo - registro 525731 - livro 2A
"Sinos de Santa Maria"
Ouço o badalar dos sinos.
Rendo ao toque vespertino
Então...
Olho aos céus!
Rogo à Deus.
Ajoelhado aos pés da escadaria.
Logo...
O pêndulo do sino
Volta a vibrar, badalar...
A todos os peregrinos a chamar.
Para a missa que vai começar
Na igreja de Santa Maria
Mãe de Deus, feito homem.
Autor: Carlucio O. Bicudo - registro 525731 - livro 2A
Lápis e tinta - Autor: Carlucio Bicudo - registro 438262 - livro 2A
"Lápis e tinta"
Sinto o tempo jorrar.
Ritmo, arte e talento.
Vejo a "Noite em Paraty"
Expressado numa tela.
Obra inteligente e perfeita.
Só um grande mestre,
Menestrel dos pampas gaúchos
Teve o privilégio
De ver e sentir.
Visões perfeitas...
Formam imagens invertidas
Lápis e tinta dançam
Em suas mãos, sobre a tela.
Gaivotas esvoaçantes
Tem vida nos seus quadros.
Portanto, viva, pintor!
O poema da arte.
Autor: Carlucio O. Bicudo - registro 438262 - livro 2A
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Êxtase - Autor: Carlucio Bicudo - registro 91552 - livro 2A
"Êxtase"
Tu ressuscitaste
O córrego perene
Aliviando e desabafando
Em palavras sussurradas
Aquele teu romance.
Agora,
O teu desejo me pertence
O teu copo vazio
Me completa.
Teu mundo...
Gira ao meu redor.
Teus lábios sedentos
Me conduzirão ao êxtase
Dos sonhos em primavera.
Autor: Carlucio Bicudo - registro 91552 - livro 2A
Janela - Autor: Carlucio Bicudo - registro 32578 - livro 2A
"Janela"
Quando por aqui passar
Não se esqueça de vir me ver.
Estarei a sua espera, nesta janela.
A janela de tristezas e sonhos.
Estarei sempre a te esperar.
Debruçado a sonhar
Mesmo que já esteja cansado e velho.
Pois...
Viverei só para lembrar
O dia em que te conheci.
Autor: Carlucio Bicudo - registro 32578 - livro 2A
Pele - Autor: Carlucio Bicudo - registro 62358 - livro 2 A
"Pele"
Sua pele branca e macia
Cheia de mistérios...
Este perfume exagerado
Que me embriaga de desejos.
Sua pele...arde
Calor dos vulcões
Derramando suor
Em desejos de pecado.
Autor: Carlucio Bicudo - registro 62358 - livro 2A
Remanso - Autor: Carlucio Bicudo - registro 225731 - livro 2 A
"Remanso"
Mulher quero te beijar
Quero tecer em sua teia
A poesia do amor.
No crepúsculo da noite
Quero crescer em seu jardim.
Ser um cravo,lírio ou jasmim.
Mulher,sua figura
Reflete no meu espelho
Toda a sua intimidade.
Sua boca sedenta...
Seus seios fartos
E este seu jeito
De menina indefesa
Faz com que, eu, cavalgue
A imaginação do tempo
Buscando o seu remanso.
Autor: Carlucio Bicudo - registro 225731 - livro 2 A
sábado, 4 de setembro de 2010
Passarinho - Autor: Carlúcio Bicudo - registro 41275 - livro 3 A
"Passarinho"
O passarinho piou
No galho do manacá.
O passarinho pulou...
Daqui para acolá.
O passarinho voou
Entre roseiras e jasmins.
O passarinho olhou...
Piou e piscou pra mim.
O passarinho bicou
Com força o meu coração.
O passarinho entrou...
E nem pediu permissão.
O passarinho bateu as asas
E para bem longe, voou.
O passarinho me deixou triste...
Pois ele, nunca mais voltou.
Passarinho, passarinho...
Por que me abandonaste assim?
Autor: Carlúcio O. Bicudo - registro 41275 - livro 3A
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Fuga dos Pensamentos - Autor: Carlúcio Bicudo - registro 46823 - livro 2 B
"Fuga dos Pensamentos"
Às vezes, deixamos a hora correr
Na tentativa ofegante
De esquivar-mos
Diante do hábito do homem pensar.
Às vezes, deixamos a hora correr
Na tentativa ofegante
De esquivar-mos
Diante do hábito do homem pensar.
Lembrança tristes. Autor: Carlúcio O. Bicudo
"Lembrança triste"
O meu silêncio morre
Como a saudade que contorce
De agonia lentamente
Da morbidez do seu disfarce.
Chorei...
Chorei muito
Da minha desgraça.
O ódio que sentia
Doía...
Doía muito.
De fazer a ferida sangrar
Num sonho de tristeza
Que me fez emudecer.
Mistérios da Lua - Autor: Carlúcio O. Bicudo - registro 61832 - livro 2 B
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