terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Contos da Carochinha - A Igreja de Falster.



Existe em Falster, na Dinamarca, uma mulher, que não tendo filhos, nem parentes, resolveu empregar a sua fortuna em obras piedosas.
Fez construir uma igreja magnifica.
Quando o edíficio ficou pronto, ajoelhou-se, e, com as mãos postas, pediu a Deus para viver tanto tempo quanto as paredes daquele santuário ficassem em pé.
A morte começou a devastar todos em torno dela, a arrebatou-lhe todos os amigos e parentes de seu convívio.
Viu morrer pessoas de sua idade; viu gente crescer, envelhecer e morrer.
A pobre mulher, que tinha manifestado tão imprudente desejo, não podia morrer. Envelhecia, porém, lentamente sozinha.
Envelheceu de tal maneira, que acabou por perder o uso das faculdades.
Não comia senão uma vez por ano à meia noite, na missa do Natal.
Então fez construir um esquife, deitou-se nele, e mandou que a colocassem dentro da igreja, junto a nave central.
Conservou-se aí durante todo o ano, imóvel e calada.
Mas no dia de Natal recuperou a palavra.
O padre aproximou-se dela, que lentamente, se ergueu do esquife, e falou?
_ A minha igreja ainda está de pé?
_ Ainda! respondeu o padre.
_ Ai de mim! gemeu ela, imperceptívelmente.
E depois torna a deitar-se no leito fúnebre.

Autor: Hans Cristian Andersen.

Hans Cristian Andersen - O criador de histórias.


Hans Christian Andersen era filho de um sapateiro e sua família morava num único quarto. Apesar das dificuldades, ele aprendeu a ler desde muito cedo e adorava ouvir histórias.

A infância pobre deu a Andersen a chance de conhecer os contrastes de sua sociedade, o que influenciou bastante as histórias infantis e adultas que viria a escrever. Em 1816, seu pai morreu e ele, com apenas 11 anos, precisou abandonar a escola, mas já demonstrava aptidão para o teatro e a literatura.

Aos 14 anos, Andersen foi para Copenhague, onde conheceu o diretor do Teatro Real, Jonas Collin. Andersen trabalhou como ator e bailarino, além de escrever algumas peças. Em 1828, entrou na Universidade de Copenhague e já publicava diversos livros, mas só alcançou o reconhecimento internacional em 1835, quando lançou o romance "O Improvisador".

Apesar de ter escrito romances adultos, livros de poesia e relatos de viagens, foram os contos infantis que tornaram Hans Christian Andersen famoso. Até então, eram raros livros voltados especificamente para crianças.

Em suas histórias Andersen buscava sempre passar padrões de comportamento que deveriam ser adotados pela sociedade, mostrando inclusive os confrontos entre poderosos e desprotegidos, fortes e fracos. Ele buscava demonstrar que todos os homens deveriam ter direitos iguais.

Entre 1835 e 1842, Andersen lançou seis volumes de "Contos" para crianças. E continuou escrevendo contos infantis até 1872, chegando à marca de 156 histórias. No final de 1872, ficou muito doente e permaneceu com a saúde abalada até 4 de agosto de 1875, quando faleceu, em Copenhague.

Graças à sua contribuição para a literatura para a infância e adolescência, a data de seu nascimento, 2 de abril, é hoje o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil. Além disso, o mais importante prêmio internacional do gênero leva seu nome.

Anualmente, a International Board on Books for Young People (IBBY) oferece a Medalha Hans Christian Andersen para os maiores nomes da literatura infanto-juvenil. A primeira representante brasileira a ganhá-la foi Lygia Bojunga, em 1982.

Entre os títulos mais divulgados da obra de Andersen encontram-se: "O patinho feio", "O soldadinho de chumbo", "A roupa nova do Imperador", "A pequena sereia" e "A Menina dos Fósforos". São textos que fazem parte do imaginário da maioria das crianças do mundo desde sua publicação até a atualidade, tendo sido adaptados para o cinema, o teatro, a televisão, o desenho animado, etc.

Crédito: Uol Educação.


Biografia de Esopo



Esopo

Esopo foi um fabulista grego, nascido na Trácia (região da Ásia Menor), do século VI a.C.. Personagem quase mítico, sabe-se que foi um escravo libertado pelo seu último senhor, o filósofo Janto (Xanto).

Considerado o maior representante do estilo literário "Fábulas", possuía o dom da palavra e a habilidade de contar histórias curtas retratando animais e a natureza e que invariavelmente terminavam com tiradas morais. As suas fábulas inspiraram Jean de La Fontaine e foram objeto de milhares de citações através da história (Heródoto, Aristófanes, Platão, além de diversos filósofos e autores gregos).

As primeiras versões escritas das fábulas de Esopo datam do séc. III d. C. Muitas traduções foram feitas para várias línguas, não existindo uma versão que se possa afirmar ser mais próxima da original. Destaca-se, entre os estudiosos da obra esopiana, Émile Chambry, profundo conhecedor da língua e da cultura gregas. Em 1925 o escrito Chambry publicou, Aesopi - Fabulae (Fábulas de Esopo), contendo 358 fábulas atribuidas ao grande mestre das fábulas.

A Raposa e as Uvas é um exemplo dos mais conhecidos entre as centenas de fábulas que produziu.

Crédito: O pensador

Lenda - A cobra e o vagalume - Sobre a inveja.



A COBRA E O VAGALUME
Sobre a inveja
Conta a lenda que certa vez uma serpente começou a perseguir um vagalume. Este fugia rápido, com medo da feroz predadora, mas a serpente nem pensava em desistir. Fugiu um dia, e ela nao desistia; fugiu dois dias, e nada. No terceiro dia, já sem forças, o vagalume parou e disse à cobra:
- Um momento. Posso lhe fazer três perguntas?
- Não costumo abrir esse precedente para ninguém, disse a cobra, mas já que vou devorá-lo mesmo, esteja à vontade, pode perguntar.
- Pertenço à sua cadeia alimentar ?, perguntou o vagalume.
- Não. Respondeu o ofídio.
- Eu lhe fiz algum mal? redarguiu o inseto.
- Não. Respondeu novamente a cobra.
- Então, por que você quer acabar comigo? Perguntou novamente o ofídio
- hhmm. Não sei... É uma coisa assim, tipo... O negócio é que não suporto ver você brilhar... disse finalmente a cobra.

MORAL DA HISTÓRIA:
“Se a sua estrela não brilha, não ofusque a dos outros”.
Diariamente estamos sendo perseguidos por víboras, seja em nosso ambiente de trabalho, seja na escola ou meio social. Pense nisso e selecione as pessoas em quem confiar.
Crédito: www.fabulasecontos.com.br

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Crônica - Fantasia de Papai Noel - Autor: Carlúcio Bicudo - registro 66352- livro 5 A




“Fantasia de papai Noel”

O natal se aproximava. Joaquim, muito galanteador e metido a esperto, sonhou em continuar traindo o amigo Mário.
Marlene era uma mulher muito bonita e fogosa e que traía sempre o marido, Mário, sempre que ele ia para o trabalho na fábrica de carros.
Joaquim conheceu a gostosona, justamente, numa destas festas de final de ano, que a empresa fazia para os seus funcionários.
Foi durante esta confraternização, que Joaquim, conseguiu tramar um plano juntamente com Marlene, para uma orgia noturna, enquanto o marido estivesse no trabalho, durante o turno. Ela sabia que na noite de natal, o marido estaria agarrado lá na fábrica.
─ Marlene, como fará?
─ Ora, meus filhos, vão dormir cedo. Deixo a janela da sala aberta que é baixa e você entra furtivamente. Mas, tome cuidado para os vizinhos não te virem entrar.
─ Pode deixar meu amor, para estar com você, faço qualquer coisa.
Joaquim ficou todo empolgado, com a possibilidade de trair o amigo.
No dia 24 de dezembro, Marlene, tratou de preparar uma bela ceia. Mesmo sabendo que o marido, passaria a noite de Natal trabalhando.
Preparou o tradicional peru e com calda de abacaxi. Fez diversos pratos quentes e frios. O marido não entendeu muito. Mas perguntou assim mesmo:
─ Marlene, porque você está preparando esta ceia? Sabe que não vou poder estar presente.
─ Sei sim. Mas nossos filhos vão estar. E além do mais, sempre aparece um vizinho ou amigo para um abraço de confraternização. E quando você chegar. Ainda poderá provar de tudo.
─ Tá certo! Você tem razão.
Em seguida, Mário, saiu, para o trabalho no ônibus da empresa. Que sempre pegava seus funcionários na rua de baixo.
Assim, que deram 22 horas, Marlene, correu para a janela do seu quarto, a fim de esperar o Amante chegar.
Não demorou muito e lá vem ele, todo sorridente.
Entrou sorrateiramente pela janela da sala que estava aberta, propositalmente. No alto da escada. Marlene, o esperava vestida com uma camisola. Calcinha rendada vermelha. Afinal, era natal. Rsrs.
Os dois se beijaram ali, e Joaquim, com sua mão boba. Apalpava a nádega da mulher.
─ Calma, Joaquim. Espere até entrarmos no quarto. Os meninos estão dormindo, mas podem acordar.
Marlene pegou o amante pela mão e o conduziu para o quarto. Lá os dois ficaram num tremendo lesco, lesco.
Antes mesmo, que o relógio, atingisse às 24 horas.
Subitamente, o casal de amantes, ouviram a portão de casa rangir. Marlene, correu discretamente até a janela do quarto e viu o marido que chegava fantasiado de Papai Noel.
─Meu Deus! Joaquim, meu marido chegou.
─ Como, se ele estava no trabalho?
─ E agora? O que faremos? Sair pelo mesmo caminho não dá. Pois, ele vai entrar justamente pela sala. Ao mesmo tempo, se pular daqui de cima, irei morrer com queda.
─Tu vai morrer mesmo e eu também. Se não tivermos uma desculpa boa para inventar.
─ Joaquim, falou baixinho, vou entrar no armário.
─ O armário não te cabe. Você é pesado de mais.
Sobre a espreguiçadeira, repousava uma roupa de papai Noel
, onde ele traía o amigo com a sua esposa.
Pensou ele. “Chifre trocado é galho serrado.”
, do ano passado. Joaquim, não pensou duas vezes. Pegou a roupa do bom Velhinho e se fantasiou.
Marlene, muito debochada, vestiu-se comportadamente.
Mário entrou em casa e foi logo procurando pela esposa.
Ao abrir a porta do quarto. Ficou surpreso, ao ver a sua esposa sentada na cama e Joaquim, fantasiado de Papai Noel, acomodado sobre a espreguiçadeira. E foi logo perguntando.
─ O que está acontecendo aqui? O que veio fazer aqui em casa, vestido deste jeito?
─ Calma, Mário! Sua mulher me chamou para que eu pudesse vir fantasiado de Papai Noel, para entregar os presentes que você comprou para os seus filhos. Já que você, este ano, não poderia se fantasiar. Pois, estaria no trabalho.
Mário, meio que desconfiado, coçou a cabeça... Procurou aceitar a desculpa da mulher e do amigo.
Afinal, ele também, antes de chegar a casa, havia passado na casa do Joaquim, onde ele traía o amigo com a sua esposa.
Pensou ele: “Chifre trocado é galho serrado.”


Autor: Carlucio Bicudo - registro 66352 - livro 5 A

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Crônica - Café da manhã (Autor: Carlúcio Bicudo - registro 553751 - livro 4 B)



“Café da manhã”

De repente, ouvi a porta do meu quarto se abrir. E a luz do corredor invadir o meu quarto.
─ Pedro, acorde já é 6 horas e você precisa tomar café e ir para a escola.
Minha mãe caminhou em direção a janela e abriu-a totalmente. Deixando a luz do sol, penetrar no recinto.
Com os raios de sol, batendo sobre o meu rosto, só me restava levantar da cama. Dar aquela boa espreguiçada e caminhar em direção ao banheiro.
Diante do espelho, fico a observar o meu rosto ainda sonolento. Abro a torneira, pego um pouco de água e jogo no rosto. O choque da água fria no meu rosto ainda quente, me fez acordar definitivamente.
Escovei os dentes, coloquei a roupa da escola e fui para a cozinha, tomar o meu café.
A mesa, como sempre... Bem-posta... Mas, sempre faltava o que eu, mas curto. Sentei-me junto ao meu pai e os meus dois irmãos.
Olhei para os pães e pensei:
“─ Não é o que eu estou a fim de comer. Pensei em um Hambúrguer, hot-dog, ovos mexidos e uma porção de batas fritas com queijo derretido por c ima. Tipo café americano, destes bem gordurosos.”
Subitamente, acordei do meu devaneio, com o meu pai fazendo um pedido:
─ Pedro, me passe o queijo?
Atendi ao pedido do pai, mas estava salivando e mordiscando os lábios, devido a desejo de comer algo mais pesado.
Minha mãe percebeu que algo estava acontecendo. E foi logo perguntando:
─ Não vai tomar o seu café, Pedro?
Fiz uma carinha de cachorro morto e balancei a cabeça dizendo que sim.
Estiquei a mão em direção a broa, cortei uma fatia e comecei a comer sem muita satisfação.
Meu irmão Bruno, logo gritou:
─ Acho que o Pedro não gostou da sua broa, mamãe?
─ Cala a boca, seu safado! ─ gritei irritado.
O menino, todo enfezado começou a gritar:
─ Mãe, já sei por que o Pedro está assim acabrunhado. Ele quer é comer aquelas porcarias de sempre.
─ Que porcarias são essas, menino? ─ disse a mãe com a cara fechada.
─ Bruno, já te avisei para ficar com a boca calada.
Dona Marta, interveio na discussão que estava começando a se instalar.
─ Fiquem em silêncio os dois. Não quero mais ouvir brigas entre irmãos. E tratou logo de interrogar:
─ Pedro, porque você não quer tomar o café direito?
─ Sabe o que é? Café com leite e pão com manteiga, todos os dias. Enjoa! A senhora, bem que podia fazer uma pizza, ou um Hambúrguer, acompanhado de um suco ou refrigerante. Assim, ficaríamos com sustância e melhor alimentados.
─ Era só o que me faltava... Pedro enjoado do café da manhã.
─ O que deu em você, cara? ─ perguntou o pai, assustado com o rumo da conversa.
─ Pai, já estou enjoado de sempre a mesma coisa. Ouvir o cardápio dá até som. Veja só:
“Café com pão, manteiga não. Café com pão manteiga não. Café com pão, manteiga não.”
Todos não aguentaram e começaram a gargalhar.
Pedro baixou a cabeça,todo envergonhado.

Autor: Carlúcio Bicudo - registro 553751 - livro 4 B)

sábado, 15 de outubro de 2011

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Carro de boi. Autor: Carlucio Bicudo - registro 33725 - livro 6 B)




“Carro de boi”

João era dono de uma bela fazenda no município de Resende.

Bom moço, chefe de família. Todos os vizinhos, o adoravam por sua dedicação ao trabalho e também por estar sempre ajudando os mais necessitados.

Com o carro de boi, João ajudava a todos que precisassem dos seus préstimos.

Antonio precisava transportar sacas de milho. Lá estava João com o seu carro de boi. Era pau para toda obra.

Os bois mesmo cansados. Nunca reclamavam do trabalho excessivo.

Certa ocasião, João, foi chamado para socorrer um sitiante próximo. Não pensou duas vezes. Lá estava ele pronto para ajudar.

O carro de boi foi sendo carregado com muitas sacas de café. Ficou muito pesado.

Logo que saiu, o eixo do carro de boi começou a ranger insistentemente.

Rangia como se estivesse chorando com o peso. Até que os bois não aguentando mais aquele rangir, disse ao eixo:

─ Ai amigo, não leve a mal. Nós é que carregamos todo o peso e você é que fica aí chorando?

Moral: Algumas pessoas fingem que estão cansadas, enquanto os outros e que se matam de tanto trabalhar.

Observação: Baseado na Fábula de Esopo "Os Bois e o eixo"

A serpente careca - Autor: Carlúcio O. Bicudo - registro 48252 - livro 6 B

Era verão. A serpente careca vivia a passear entre acácias de bermudão e camiseta cor de rosa.

Mas isso, nada mais era do que um disfarce, para mostrar que era "o cara".

Tinha como lema lançar nomes de pessoas ao vento, para ficar rindo do sofrimento alheio.

Que desgraça! Que serpente mais ardilosa!

Rondava junto a sua vítima, dando tapinhas nas costas... mas o chocalho, não parava de tilintar. Era um pouco de veneno aqui. Outro tanto ali. E assim, a serpente careca, seguia... Envenenando o ar e as pessoas por onde passava.

Engraçado, como às pessoas tem mania de dar crédito a fuxico ao invés de buscar conhecer verdadeiramente a pessoa ao seu lado.

Serpente careca. Hum! Sei não! Está toda serpenteando por aí, passando uma falsa imagem de machão... Será?

Diz o ditado popular: Quem desdenha quer comprar.

A serpente careca, vive com sorriso largo...Escancarado.Beijinho prá cá e beijinho prá lá.

Acho que esta serpente não dá bote. Rsrs.