sexta-feira, 27 de maio de 2011



"Histórias de Perequê e Açu"

O livro Perequê e Açu, conta a história de dois meninos muito curiosos e brincalhões. Suas aventuras têm a histórica cidade de Paraty como cenário.
Através dos personagens Perequê e Açu eu conto fato reais e também muitas lendas.

A história se passa no ano de 1805 no início do século 19.

O leitor vai ter a oportunidade de aprender várias expressões, como: " o santo do pau oco", a distinção entre "pinga e cachaça"; muitas lendas locais (Mãe do Ouro; Serpente da igreja Matriz; O Guardião do Tesouro; A lenda do pão quente e muitas outras); "o quinto"; "nem eira e nem beira" e também sobre alguns tipos de dialetos.

E de forma histórica, como os negros que aqui chegavam, tinham que ser devidamente registrados, antes de seguirem para as fazendas de todas as regiões. Por causa da "Bula Papal".

Perequê e Açu é um livro de ficção, no qual a historiografia é introduzida de forma a pretender levar o leitor ao tempo e ação.

Espero que gostem!

Obs: Aos interessados, por enquanto o livro está somente sendo vendido por mim através do e-mail: oliveirabicudo@bol.com.br

Breve no site da própria editora literata. e também na livraria cultura.

www.editoraliterata.com.br

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Crônica - Ladrão de galinhas - Autor: Carlúcio Bicudo - registro 77535 - livro 6 A



"Ladrão de galinhas"
(Autor − Carlucio Bicudo - registro 77535 - livro 6 A)

Quando eu morava no interior do estado do Rio de Janeiro. Conheci um cabra safado. Mas conhecido como “Manequinho o ladrão de galinhas” que morava as margens da BR 101 próximo à localidade de Itaboraí.
Todos os dias o diacho do Manequinho, percorria as ruas com uma galinha embaixo do braço.
Mas até então, ninguém sabia que ele roubava galinhas dos sítios próximos.
Manequinho morava bem próximo à rodovia. E ali ele vendia as suas galinhas roubadas.
Tinha galinhas para todos os gostos. Carijós, brancas, pretas, de angola de cristas altas, de cristas curtas e etc.
Os motoristas sempre passavam ali, durante a tarde e compravam as galinhas do Manequinho.
Só que as galinhas do manequinho, não acabavam. Todos os dias o cesto do danado estava lá novamente à beira da estrada lotado.
Os vizinhos e moradores da cidade, começaram a ficar desconfiados. De onde o pobre do homem arrumava tantas galinhas para vender todos os dias.
Um comerciante local. Começou a perceber que as galinhas do Manequinho, eram sempre muito diferentes Ou seja, não deveriam ter vindo da mesma mãe ou do mesmo galinheiro.
Isto já o estava intrigando! E decidiu investigar o vendedor de galinhas.
− E ai Manequinho. Como anda a sua criação de galinhas?
− Muito bem, senhor Bernardo. Está cada dia mais vistosa.
− Que bom! Pelo jeito, anda ganhando muito dinheiro... O senhor tem muita despesa com a sua criação?
− Quase nada. Minhas galinhas não consomem ração. Só ciscam pelo terreiro.
− E ficam gordas desde jeito, Manequinho?
− É que as minhocas do terreiro lá de casa, são vitaminadas.
Não estando satisfeito com as respostas do Manequinho. Seu Bernardo resolveu averiguar, por conta própria a criação do Manequinho.
No dia bem cedo, o seu Bernardo, pegou a sua bicicleta e foi em direção à casa do vendedor de galinhas. Ao chegar ao recinto. Olhou ao redor e não viu nenhum galinheiro e nem tão pouco uma criação de galinhas se quer.
Ficou matutando. Ué! Que diacho está acontecendo aqui. Será que a criação do Manequinho não fica aqui na casa dele?
Achou estranho... Pois todos ali na cidade, sabiam que o homem não possuía bens, além da casa na beira da estrada.
Bernardo coçou a cabeça... E ficou a elucubrar.
Decidiu que iria tirar está história a limpo.
No dia seguinte, durante a madrugada... Passou a vigiar a casa do Manequinho e viu, quando este, saia apressado com um saco de estopa vazio nas mãos.
Bernardo deixou que o homem tomasse certa distância e partiu observando os passos do magrelo Manequinho.
O cabra ia passando de casa em casa... Entrando sorrateiramente nos galinheiros das vizinhanças e em cada um, o homem pegava uma galinha e colocava no saco.
− Filho de uma boa mãe! − Exclamou Bernardo. Esse cara rouba as nossas galinhas há tempos e nunca desconfiamos disso.
Seu Bernardo contou para todos os outros sitiantes que Manequinho, roubava todos os dias uma galinha de cada galinheiro... Assim, ninguém sentiria falta das galinhas de uma vez só.
Marcaram uma emboscada para o cabra safado. Chamaram a polícia.
No outro dia bem cedo... Quando o Manequinho o ladrão de galinha apareceu para roubar mais um dos galinheiros. Ao entrar, logo avistou vários dos sitiantes dentro do galinheiro com a espingarda em punho.
− Ah! Que dizer que você é que vem roubando as nossas galinhas?
− Eu não. − Disse Manequinho
− De onde você tira as galinhas que você vende na beira da rodovia?
− Ora... Da minha própria casa.
− E o que você está fazendo com este saco vazio nas mãos? − Disse um dos sitiantes.
− Vim pegar um pouco de esterco para por na minha horta?
− Manequinho, para de besteira e fale a verdade. − Já sabemos que você não possui criação de galinhas.
− Como não? − Vamos lá pra casa, que eu mostro a vocês.
Bernardo gritou:
− Já fui lá e não vi galinheiro algum!
− Ah! Não iria ver mesmo. É que crio as minhas galinhas dentro de casa.
− Como é?
− Eu estimo tanto as meninas, que as crio, dentro de casa.
− Manequinho, se você estima tanto assim as suas meninas. Por que as vende?
E assim ele respondeu:
− O mesmo que o senhor fez com a sua antiga esposa.
− Como é? Tá comparando a Doralice, a mãe dos meus filhos, com galinhas?
− Ora, seu cabra da peste. Vou te matar!
− Mata nada! Só faço como o senhor. Minhas meninas, quando já estão velhas, eu as vendo. Em seguida, as substituo por outras franguinhas mais novas... rsrs.

Fim

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Crônica "Minha mulher virou faxineira" - Autor: Carlucio Bicudo - registro 953341 - livro 4 B)



"Minha mulher virou faxineira"
(Autor: Carlucio Bicudo − registro 953341 − livro 4 B)

− Joana, o que está acontecendo com você?
− Como assim, Pedro? Não entendi?
− Veja como você me recebe, quando chego do trabalho. Toda mal vestida. Cabelo cheio de bobes. Ainda por cima, não esta cheirando bem.
− É, mas sou eu que tenho que trabalhar todos os dias para manter a casa limpa e em ordem. Lavo, passo, cozinho e ainda cuido das crianças. Afinal são 4 para cuidar e ainda levá-los para a escola. Eu não deveria ter tido tantos filhos. Ultimamente nem pareço ser a mãe deles, mas sim a empregada da casa.
− Não seja tão intolerante, Joana!
− Ué, não foi você quem disse que eu estava desleixada?
− Eu não usei está palavra.
− E precisava? Já disse tudo. Que o recebo mal vestida, cabelo despenteado e cheirando mal.
− Outro dia, o Alberto, me convidou para almoçar na casa dele. Assim de improviso. Sua esposa Hellen, não estava esperando receber visita. Mas ao chegarmos, ela recebeu o marido na porta toda bem vestida e cuidada.
− Mas quantas empregadas, a Hellen tem? − Bem, vi apenas uma cozinheira que serviu o almoço.
− Tá vendo só... Tinha até uma cozinheira para fazer e servir o almoço e depois lavar todos os pratos e talheres. É por isso que a mulher do seu amigo. Os recebeu bem vistosa. Agora já eu... Tenho que fazer de tudo.
− Tá bom, Joana. Não falo mais nada. Mas você bem que poderia tirar estes bobes e o avental. Ficar ao menos um pouco apresentável.
− Vou esperar você contratar uma secretária. Você e os nossos pimpolhos deixam as roupas, toalhas, tênis e sapatos. Espalhados por aí.
− Também não precisa ser tão severa nos cuidados com a casa.
− Não é... Sua mãe repara em tudo. Vive passando os dedos sobre os móveis, só para verificar se estão limpos.
− Minha mãe?
− Sim. A dona Catarina, não perde a mania de bisbilhotar aqui em casa. Todos os dias, ela bate o cartão às 08h30min em ponto.
− Joana, você só pode estar brincando.
− Você acha que eu brincaria com uma coisa destas? Estou ficando é chateada... Com tantos afazeres e cobranças.
− Calma, meu amor. Prometo não tocar mais neste assunto.
− Não se preocupe... Vou deixar de ser a sua secretária em breve. E me tornar uma madame.
− Não entendi. Você pode ser mais precisa?
− Vou fazer como a mulher do seu amigo. De hoje em diante, serei apenas sua esposa... Trate de contratar uma secretária do lar, para fazer os afazeres domésticos. Irei ao salão de cabeleireiro duas vezes por semana.
− Mulher, você só pode estar brincando!
− Não sou mulher de brincadeira. Sou mulher de atitude. Você não quer uma mulher cheirosa e bem cuidada todos os dias? Pois bem. De hoje me diante. Serei!
− Mas Joana, não tenho dinheiro sobrando para te bancar este mimo toda semana?
− Se vira! É problema seu. Ah! E tem outra coisa... Pode convidar seus amigos pelo menos uma vez por semana para virem almoçar ou jantar aqui em casa.
− Já vi que com você não dá mesmo para conversar. Está ficando louca!
− Não. Apenas acordando para a vida! E pode apostar que vou ficar tão bonita que os teus amigos, vão elogiar.
− Definitivamente, você enlouqueceu.
− Bobagem amor. Só vou voltar a ser quem era. Antes de casar com você e me tornar sua empregada.